O UFC se auto-intitula a mais importante organização de Artes Marciais Mistas (Mixed Martial Arts - MMA), mas sua história é cheia de altos e baixos e muita controvérsia. Depois de quase fechar as portas na década de 90, este campeonato de MMA se reinventou e atraiu uma nova legião de fãs.
O UFC promove e hospeda eventos de MMA, que apresentam vários combates. Cada confronto é uma luta entre dois competidores. Semelhantemente ao boxe, as lutas são divididas em rounds e são supervisionadas por um árbitro, ainda que os eventos da MMA sejam mais complexos do que uma luta de boxe.
Os confrontos padrão do UFC estão limitados a três rounds (já os de outros campeonatos têm um limite de cinco), com cinco minutos para cada round. Os lutadores têm um minuto de intervalo entre os rounds. Ao contrário do boxe, onde os atletas podem lutar apenas usando os punhos e dar golpes só acima da cintura, no MMA os lutadores podem dar socos, chutes, cotoveladas, golpes de joelho, e sujeitar o adversário, imobilizando-o para vencer a luta. Podem ser dados golpes acima e abaixo da cintura (com poucas restrições). Logo no início, os UFCs alegavam que seus eventos eram do tipo luta sem regra alguma, mas essa qualificação era inadequada. Desde as primeiras lutas de UFC, os atletas eram obrigados a seguir certas regras, incluindo:
-não atingir os olhos
-não procurar rasgar a boca do adversário (usar os dedos para "fisgar" a boca do outro)
-não dar golpes na virilha
A comissão de atletismo do Estado de Nevada, responsável pelos regulamentos de todas as apresentações de boxe e artes marciais no Estado, caracteriza 31 faltas. As faltas podem penalizar ou desqualificar um atleta. Nem todas estão diretamente relacionadas à violência física, por exemplo, considera-se falta agarrar nas cordas, usar linguagem ofensiva dentro do ringue, fingir que está machucado ou deixar cair a proteção bucal com o objetivo de atrasar a luta. A lista completa das faltas encontra-se no site do UFC (em inglês).
Além disso, o UFC segue a política contra drogas da comissão de atletismo do Estado de Nevada, que proíbe expressamente o uso de qualquer droga, especialmente as drogas para aumento de desempenho. O lutador é impedido de lutar se o teste indicar que usou drogas, podendo ainda enfrentar processo disciplinar. Se ficar comprovado que um lutador venceu sob efeito de drogas, a comissão poderá mudar o resultado da luta.
O UFC HOJE
No ano 2000, o SEG promoveu o UFC 29: Defesa dos Cinturões. Seria o último evento de UFC que o SEG produziria. A companhia enfrentava a falência e as pressões políticas tinham incapacitado sua habilidade para reservar espaços e promover espetáculos. Dois irmãos, Frank Fertitta III e Lorenzo Fertitta, formaram a Zuffa, LLC (zuffa quer dizer "lutar" ou "brigar" em italiano) e compraram o UFC. O ex-lutador de boxe amador e promotor de lutas, Dana White, tornou-se o presidente da nova organização.
Lorenzo Fertitta tinha sido membro da comissão atlética do Estado de Nevada e pouco depois a comissão supervisionava os eventos de UFC. Tal fato deu ao UFC a credibilidade necessária e logo as televisões a cabo começaram a veicular seus eventos no pay-per-view novamente.
Danos corporais no UFC
Ainda que exista a percepção de que o UFC é um esporte brutal, os danos corporais são relativamente de pouca importância e raros. "Nunca tivemos um machucado sério", disse Dana White, "e chamo de machucado sério algo capaz de mudar sua qualidade de vida. Temos tido cortes e mãos quebradas. Acho que o machucado mais grave que tivemos foi um antebraço quebrado". A maioria dos machucados ocorre durante os treinos, não no octógono. Alguns lutadores treinam de seis a oito horas por dia e durante várias semanas preparando-se para uma luta.
Foi em 2001 que aconteceu o primeiro evento de UFC promovido pela Zuffa; o UFC 30: a batalha de Boardwalk. O UFC 30 não apenas reviveu o retorno da ampla cobertura de um pay-per-view maior, como também a volta da produção dos vídeos caseiros. Desde o evento, Dana White se concentrou em aumentar a popularidade do UFC e de camuflar sua imagem historicamente brutal. O Sr. White mostra que, "No final das contas, esses rapazes não são tão aterrorizantes como pareciam ser antes. Todos são ótimas pessoas. Vêm aqui para competir, para descobrir quem é o melhor lutador do mundo".
Em 2005, a Spike TV lançou a primeira temporada de um reality show chamado "O Ultimate Fighter". O espetáculo acompanhava um grupo de aspirantes ao UFC que competiam por um contrato com a organização. Os lutadores se dividiam por diferentes campos de treinamento e, no final de cada episódio, o membro de um dos times lutava com um de outro time. O vencedor permaneceria na competição e o perdedor voltaria para casa. O espetáculo marcava os primeiros espectadores e permitia que assistissem à uma luta de UFC sem pagar o pay-per view e, ao mesmo tempo, instruía os espectadores sobre o UFC. "O Ultimate Fighter" atualmente está programado para pelo menos duas sessões.
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